A tecnologia nos proporciona ferramentas e avanços nunca testemunhados na história do homem e avança nas várias áreas do conhecimento. A medicina não fica atrás, com a pandemia e a melhora dos aplicativos para interação entre as pessoas as consultas online viraram uma tendência.
Algumas áreas da medicina podem ser muito beneficiadas, como por exemplo a psiquiatria, que não possui ausculta ou palpação como parte integrante do seu exame físico. Na ortopedia, por outro lado, palpar faz toda diferença para a conduta médica necessária de seu paciente.
Alguns exemplos podem ajudar a ilustrar o meu ponto. A contratura muscular não é algo que a ressonância ou ultrassom registrem, apenas o palpar do médico e alguns testes de coluna já revelam que a patologia é muscular.
Tive recentemente um caso de uma paciente que apresentava um esporão calcâneo gigante e o exame de imagem revelou isso, porém no exame físico pude notar que o esporão não era o que lhe afligia e sim o impacto posterior do tornozelo.
Qualquer cirurgião iria operar aquele grande esporão, porém no exame físico percebi que o epicentro da dor era na parte de trás do tornozelo e na ressonância foi preciso um olhar mais atento para identificar algo diminuto, mas que gerava dor. Paciente operou por artroscopia aquele ponto de impacto e não mexi no seu grande esporão . Ele está muito bem hoje e sem ter feito um procedimento grande e desnecessário em seu esporão.
Poderia citar muitos outros exemplos, consulta online é uma facilidade mas também uma abertura para uma medicina vazia e imprecisa. Prefiro ter o hábito tradicional de ver pessoalmente e de fato avaliar meus clientes e não tratar uma imagem ou um laudo de ressonância ou tomografia.
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